PS diz que despacho de Nuno Crato é "ridículo"
A prova foi criada durante a governação socialista de José Sócrates, mas nunca chegou a ser aplicada, devido à forte oposição dos sindicatos. Agora, o PS demarca-se do modelo escolhido pelo atual ministro da Educação, Nuno Crato, para a realização do exame.
Os socialistas dizem que foram feitas alterações ao normativo inicial e que o despacho agora publicado, a três dias úteis do dia da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), configura "uma saga persecutória e discricionária" para com os professores contratados. Cerca de 4000 professores contratados estão inscritos para fazer a prova, na terça-feira.
O PS manifesta "profunda perplexidade" e considera o diploma um "total desrespeito para com milhares de professores contratados", num período em que os professores estão envolvidos na segunda fase dos exames nacionais e na elaboração de relatórios. O PCP e o BE também reagiram negativamente, exigindo esclarecimentos.
Os deputados do PS acrescentaram que a situação é geradora de instabilidade porque " vai exigir dos agrupamentos e das escolas nova distribuição de serviço a efetuar por outros docentes". O "Boicote&Cerco", movimento de professores, admitiu voltar a invadir escolas para impedir a realização da nova chamada da prova e apelou aos professores vigilantes para boicotarem o exame.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou que novas providências cautelares contra a PACC e convocou reuniões sindicais em todas as escolas onde decorrerá a prova.
A Fenprof calculou, na altura, em seis mil o número de professores que não terão realizado a prova a 18 de dezembro. O Ministério defende que a prova será realizada "ainda a tempo" dos concursos de seleção e recrutamento de professores para o ano letivo de 2014/2015.